quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

QUESTÕES POLÊMICAS

      Tudo o que a Santa Igreja Católica não precisa neste momento tão conturbado da nossa caminhada rumo à Casa do Pai é deixar-se envolver-se em assuntos polêmicos ou pouco recomendáveis. Refiro-me à recente decisão da arquidiocese de São Paulo, através do Arcebispo Dom Odilo Scherer de comum acordo com a diocese de Aparecida-SP, de acatar um pedido feito pela Escola de Samba Vila Maria (SP) para homenagear, no desfile carnavalesco do ano que vem, a nossa Mãe Maria, genitora do Salvador de todos os homens, Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem todo joelho deve se dobrar, no céu, na terra e até no inferno como dizem as Sagradas Escrituras.
       Ora, o que é sagrado não deve se misturar ao profano. Os altos prelados da Igreja devem saber, melhor do que ninguém, que o carnaval é uma festa da carne, portanto, devassa e profana, logo não deve estar ligada a louvores sacros. Não sei o que levou Dom Odilo a considerar a ideia "interessante" conforme entrevista concedida ao repórter Amaury Jr. da REDE-TV, numa missa em homenagem ao aniversário do bispo emérito de SP, Dom Paulo Evaristo Arns.
      Já não nos basta o ataque que recebemos dos evangélicos pelo culto Mariano? Mais essa agora Dom Scherer?  Procurando sarna para se coçar. Pior que agora as críticas terão fundamento...Mamma Mia!

4 comentários:

  1. Saudações fraternais a todos.

    Caro Professor Ari, o "expediente doméstico" está intenso e não consigo comentar, mas vou preparar.
    Antecipadamente, vejo como uma possibilidade muito positiva, sem qualquer ofensa à fé cristã-católica. Os Cardeais Odilo e Damasceno são muito prudentes.
    Até breve!

    PAZ E BEM!

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  2. Saudações fraternais a todos.

    Caro Professor Ari, primeiramente, vale conferir a notícia.

    A iniciativa é da Escola de Samba Unidos de Vila Maria, localizada em São Paulo, com vistas ao carnaval de 2017, ano da celebração dos trezentos anos do mistério do encontro, por pescadores, da imagem do Nossa Senhora da Conceição, no Rio Paraíba do Sul, o que, pela fé, acredita-se que, junto, trouxe abundante pescaria, após horas de fracasso.
    Segundo a Escola, o desejo de homenagear Nossa Senhora Aparecida é antigo e, inclusive, em quadra, isso já acontecia.
    Segundo a Escola, “Tudo será pensado respeitando o contexto religioso: ‘Vetaremos nudez e o desenho das fantasias, carros alegóricos e letra do samba serão apreciados por uma comissão da Igreja”.
    A base do samba enredo será a música “Nossa Senhora”, do “Rei” Roberto e do tremendão, Erasmo Carlos.
    Fundamental é que “uma comissão da Arquidiocese de São Paulo e do Santuário Nacional vai acompanhar o processo de construção do samba-enredo, para que a história seja contada com fidelidade.
    O Santuário Nacional vai apoiar a Escola de Samba com todo seu acervo histórico para que possa contar a história da Padroeira do Brasil com fidelidade."
    Fonte: portal a12.com

    Grato e PAZ E BEM!

    “Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada.”
    Lucas 1,48




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  3. Saudações fraternais a todos.

    “DEU SAMBA!”
    Caro Professor Ari e demais colegas, já ouviram alguém falar assim: “Isso vai dar samba”? É quando quer-se mostrar que algo será bem sucedido, positivo e que fará bem. Certo? É isso mesmo?
    Quem disse ou, sequer, imaginou que a aparição da imagem milagrosa de Nossa Senhora da Conceição, em 1717, a três pescadores, no Rio Paraíba do Sul, daria samba? Ninguém!
    Até que a Escola de Samba da Vila Maria, em São Paulo, decidiu, para 2017, homenagear Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Interessante que o nome da Vila já é uma homenagem natural a Maria, a Mãe de Jesus.
    “Meu Deus! A que ponto chegamos e, muito pior, com a concordância da Igreja! Será o fim do mundo?”
    As aspas significam que não sou eu que o afirmo, apenas, imagino a reação de alguns, com o máximo respeito, claro!
    Professor Ari e caros colegas, não! Não é o fim do mundo e não significa que a Igreja Católica desequilibrou de vez, perdeu o rumo e curvou-se às paixões mundanas.
    Vejo como natural o espanto/choque, porque muitos fomos formados, pela Igreja mesmo, com uma certa mentalidade, muito ou pouco, de “Igreja dos brancos, européia, de olhos claros, sisuda, distante.” Isso, sobretudo, no Sudeste e Sul do Brasil.
    Deve-se, porém, respeitar a História do povo, se, ofensa à essência da fé.

    A minha formação, confesso, é limitada, mas vale destacar:
    - A chaga da escravidão, na nossa História, o que resultou numa dívida impagável, para com os afrodescendentes.
    - A cultura brasileira, tão marcada, pelos valores afrodescendentes, na culinária, na moda, nas artes e na escrita.
    - Vários nomes de brasileiros afrodescendentes destacados: os irmãos e engenheiros, André e Antônio Rebouças; Theodoro Sampaio, geógrafo e historiador; Machado de Assis, Cruz e Souza e mais Lima Barreto, escritores; os beatos Nhá Chica e Padre Victor; os médicos Juliano Moreira, Laurindo Rabelo, Lucindo Filho e Luís Anselmo; o grande e saudoso Professor Milton Santos(USP), Abdias Nascimento, poeta, escritor, ator e Professor e os contemporâneos Pelé, Gilberto Gil, Ministro Joaquim Barbosa, Milton Nascimento, Paim, entre muitos outros.

    Nisso tudo, quis o Pai Eterno que a mais ilustre, a mais elevada figura humana que existiu, a mais delicada flor, a Mãe do Senhor, Maria, Se manifestasse, em nossas terras morenas, banhadas pelo Sol, ao povo brasileiro, como negra.
    (Continua)

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  4. Saudações fraternais a todos.

    “DEU SAMBA!”
    (Continuação)

    Caro Professor Ari, primeiramente, uma correção, no final do comentário anterior: “(Maria)A mais elevada figura humana que existiu, DEPOIS DE JESUS,...”

    Os incontáveis e relevantes benefícios, derivados da devoção a Nossa Senhora Aparecida, estão inscritos na História de fé do povo brasileiro.
    Desde outubro de 2014, o Santuário Nacional prepara a celebração dos trezentos anos do aparecimento da imagem milagrosa de Nossa Senhora da Conceição, em outubro de 1717, a três pescadores, no Rio Paraíba do Sul.
    “Rumo aos 300 anos” traz a intensa programação, para a celebração.

    Pessoalmente, não sou carnavalesco e não acompanho os desfiles, mas o que vejo, nas Escolas de Samba, salvo raras exceções, são obras de arte, a cada desfile, no cenário do tema escolhido, exceto, claro, os exageros, desnecessários, da nudez ou da ofensa a valores caros ao povo.
    Impressiona a riqueza das letras dos sambas-enredo.
    Na linha daquela modesta análise que fiz, no comentário anterior, penso que quis o Espírito Santo suscitar a bela surpresa, para homenagear Nossa Senhora Aparecida, através da arte de uma Escola de Samba.
    Professor Ari e caros colegas, acredito, sim que o Espírito Santo inspirou a Diretoria da Vila Maria a procurar a Igreja, para participar do que será, certamente, uma jornada histórica e muito emocionante, como gratidão, sobretudo, ao Pai que deu ao povo brasileiro uma Mãe tão simpática a ele e encarnada na sua História, com tantos valores afrodescendentes.
    Imagino, Professor, a emoção de ver, se Deus quiser, o manto azul de Nossa Senhora Aparecida cobrir e, sobretudo, abençoar aquela imensidade de povo folião, componentes da Escola e assistência.
    Imagino, também: “Nossa Senhora me dê a mão cuida do meu coração” ser cantado, por um gigantesco coral de louvor e gratidão.

    Todo esse projeto deve ter surpreendido a hierarquia da Igreja que, cheia de prudência, acertadamente, o entendeu e acolheu, com o pré-requisito, óbvio, de que nada ofenderá a fé ou desfigurará a verdadeira História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
    É como vejo, como máximo respeito.

    Grato por tudo e PAZ E BEM!

    “O vento(do Espírito Santo) sopra onde quer.”
    João 3,8

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